Diversos trabalhos científicos vêm demonstrando a efetividade do Laser de baixa potência (LBI) no tratamento da mucosite causada pela quimioterapia e radioterapia.

A mucosite é uma inflamação da mucosa bucal, que ocorre durante o tratamento oncológico através da radioterapia na região de cabeça e pescoço e/ou quimioterapia. A mucosite se apresenta através de feridas como “aftas” e normalmente são muito dolorosas. A dor causada pela mucosite atinge a qualidade de vida do paciente, pela dificuldade de falar, deglutir os alimentos e até pode impedir as atividades sociais. A mucosite também aumenta a chance de complicações que podem levar á morte.

Um estudo feito para a conclusão de mestrado comprovou que pacientes que fazem aplicações de laser preventivamente apresentam mucosite com menor freqüência, menor severidade, menor escore para dor, menor tempo de internação e menor índice no uso de alimentação por sonda.

Por isso não devemos aceitar a mucosite como uma complicação inerente ao tratamento oncológico.  Diversos estudos vêm sendo desenvolvidos para melhorar a qualidade de vida e a chance de cura do paciente.

O Laser de Baixa Potência surge como a melhor alternativa contra a mucosite. A sua maior efetividade é quando utilizado de maneira preventiva, ou seja, antes da mucosite aparecer.

O tratamento preventivo é feito através de aplicações diárias de laser, que duram cerca de 15 minutos, e podem ser realizadas no consultório odontológico, no hospital ou na casa do paciente.

Procure-nos ou informe-se com um profissional cirurgião-dentista sobre a necessidade de indicação da laserterapia preventiva e faça uma avaliação odontológica completa. Uma postura participativa e ativa vai fazer toda a diferença para o sucesso do tratamento.

 

O herpes é uma doença contagiosa causado por vírus, assim como o da gripe. Calcula-se que 90% da população possua o vírus, porém somente de 40% a 20% manifestam o herpes na forma da doença. Uma vez contaminado pelo vírus, ele irá permanecer no organismo pelo resto da vida.

Normalmente o contágio acontece nas primeiras fases da infância. Esse primeiro contato com o vírus leva a uma infecção mais intensa e normalmente se apresenta na forma de estomatite, feridas por toda a boca e/ou lábio podendo atingir a garganta.

Após a primeira infecção, os episódios são mais brandos e geralmente acontecem quando a imunidade está baixa, com a exposição direta ao sol, stress, temperaturas baixas e na menstruação das mulheres.

A doença dura aproximadamente de 7 a 10 dias, e se divide em quatro fases. Essas fases possuem diferentes aspectos clínicos, sintomas e o mais importante: tratamentos.

Fase de Prurido

Nessa fase não há nenhuma lesão visível, somente sintomas sensoriais como formigamento, dormência, dor, ardor e vermelhidão.

Essa é a fase ideal para o tratamento, pois em muitos casos há involução da doença e as lesões não desenvolvem. Esse tratamento pode ser feito através de medicamentos antivirais orais e/ou laserterapia. Os medicamentos antivirais em forma de pomada não costumam ter bons resultados.

 

Fase de Bolhas

Aparecimento de um conjunto de pequenas bolhas, que podem formar uma grande. A área torna-se bastante dolorosa e avermelhada. O tratamento é através das pomadas antivirais e de laserterapia. A laserterapia vai diminuir o ciclo da doença, diminuir o inchaço e a dor. 

Fase de Úlcera

As bolhas se rompem e formam uma úlcera rasa. Essa é a fase mais dolorosa e mais contagiosa. O tratamento é através das pomadas antivirais e de laserterapia. A laserterapia irá auxiliar na cicatrização mais rápida e no alívio imediato da dor.

Fase de Crosta

A ferida seca e cicatriza. Ao soltar a crosta é normal haver uma hemorragia localizada.

 

Cuidados 

Os cuidados com herpes são importantes tanto para quem o tem, quanto para as pessoas a fim de evitar a transmissão.

Ao identificar infecção, lave sempre as mãos, após tocá-la. Não toque seus olhos, não beije e não compartilhe objetos de uso pessoal.

A laserterapia no tratamento da Herpes Labial

Atualmente a laserterapia é o tratamento mais eficaz para a herpes labial. Além de tratar a lesão, existem estudos que dizem que o uso do laser previne o aparecimento de lesões futuras, deixando os episódios do herpes labial mais espaçados.

Os melhores resultados são quando utilizamos o laser quando o paciente apresenta um leve formigamento. Nessa fase inicial, a idéia é inibir o desenvolvimento subsequente da lesão. Pode acontecer da lesão se desenvolver, contudo, mesmo assim, o ciclo se completará em um período menor.

Nas fases seguintes, quando a lesão já está presente, o objetivo é diminuir o edema, a dor e a duração do ciclo da doença.

O tratamento consiste em uma única aplicação do laser na região afetada, com duração de aproximadamente 2 minutos, totalmente indolor.

Gostaria de obter mais informações sobre o processo de tratamento? Agende uma conversa com a Dra. Camila e esclareça suas dúvidas, sem compromisso.

 

Os rins exercem função vital, pois são responsáveis pela eliminação de toxinas e pela regulação do volume de líquidos no organismo. Além disso, os rins são responsáveis por funções hormonais e metabólicas essenciais. No momento em que a função renal cai abaixo de 10%, o indivíduo passa a fazer parte do quadro de insuficiência renal crônica (IRC), em que se indica a hemodiálise, que busca substituir a função renal normal exercida pelos rins.

As causas mais freqüentes da IRC são hipertensão, diabetes, glomerulopatias crônicas, doenças uropáticas e auto-imunes.

Os pacientes renais crônicos apresentam frequentemente alguns problemas bucais como: estreitamento da câmara pulpar, irregularidades do esmalte, perda dentária precoce, xerostomia (boca seca) e, sobretudo, doença periodontal. Estes problemas são resultados de uma variedade de fatores como o estado relativo de imunossupressão, medicamentos, perda óssea e redução da salivação.

Em estudo realizado na Santa Casa de Montes Claros (MG), verificou-se que 64,5% dos pacientes com IRC eram portadores de periodontite grave e 24,5% de periodontite moderada. Somente 0,5% dos pacientes analisados eram saudáveis do ponto de vista periodontal.

Outro estudo também revelou níveis de higiene oral insatisfatórios em pacientes com problema renal. A justificativa para esse resultado é que, em geral, pacientes em hemodiálise passam cerca de 12 horas semanais realizando diálise e muitos deles sofrem de baixa auto estima, diminuindo a atenção para com os cuidados com a saúde bucal.

Esses estudos reforçam a importância da participação do cirurgião-dentista no tratamento de pacientes renais. A esperança dos pacientes com IRC é o transplante renal e somente pacientes com saúde bucal em dia são indicados ao transplante. A necessidade de um organismo saudável e livre de infecções vem reforçar a necessidade da inclusão do profissional cirurgião-dentista na equipe que acompanha o paciente com IRC.

 

A escova dental é o principal instrumento para efetuar a remoção da placa bacteriana. Sendo assim, é importante a orientação de um dentista sobre os cuidados que devem ser tomados para que uma contaminação cruzada seja evitada.

Os brasileiros usam, em média, a mesma escova o ano inteiro, podendo em alguns casos utilizá-la por cerca de um ano e meio ou até dois anos para serem trocadas. Existem também casos alarmantes onde as escovas são compartilhadas por vários membros de uma mesma família. 

Fazendo uma comparação com a Suíça, país referência em saúde bucal, existe um consumo de aproximadamente 12 escovas por ano, ou seja, as pessoas trocam de escova quase uma vez por mês.

O que é contaminação cruzada?

Contaminação cruzada é o termo científico usado para descrever quando um ou mais microorganismos (bactérias, vírus, fungos, etc) “passam” de uma pessoa para outra. Os microorganismos são transmitidos de uma pessoa para outra através de diferentes maneiras. A escova dental é uma fonte de contaminação cruzada quando, por exemplo, uma pessoa com cárie ou doença periodontal empresta sua escova para outra pessoa que é saudável do ponto de vista odontológico.

Na prática, uma pessoa que compartilha a sua escova está sujeita aos mesmos microorganismos daquelas que usam a escova. Se você possui cárie, você possui a bactéria que promove a cárie, sua escova possui a bactéria, e se, por exemplo, você escovar os dentes do seu filho irá transmitir a bactéria para a boca dele. Em condições favoráveis, a bactéria irá proliferar e gerar cárie nos dentes do filho.

Por isso é tão importante cada indivíduo possuir a sua escova dental e não compartilhá-la.

Como escolher a sua escova dental?

Segundo a American Dental Association (ADA), a escova dental deve ter a cabeça pequena e anatômica, cerdas arredondadas e de nylon, tufos com o mesmo comprimento, grande número de tufos e cerdas, leveza, impermeável a umidade, de fácil limpeza, de fácil manipulação, durabilidade e ainda ter um design agradável. As cerdas devem ser macias, com diâmetro muito pequeno e, de preferência, com mais de 5 mil cerdas.

A escova indicada deve principalmente ter cerdas macias e de mesmo tamanho. As escovas duras e/ou médias não devem de forma alguma ser utilizada na higiene dental. Elas só estão no mercado para utilização na higiene de próteses.

Escovas que oferecem múltiplas funções normalmente não cumprem o que prometem. E alguns modelos que foram proibidos pela ADA ainda são comercializados aqui no Brasil, por não termos regulamentações estabelecidas.

Na figura abaixo ilustramos como escolher a escova na sua embalagem. Note que o tamanho da cabeça na figura é 35, mas o tamanho 30 também é recomendável. Você irá saber o que é melhor no seu caso notando se consegue atingir o último dente sem incomodar. Se estiver grande não alcança o dente ou a escova “bate” no osso da maxila.

 

Escolha da Escova de Dentes

 

 

Como cuidar da minha escova?

Após a realização da higiene oral, a escova deve ser armazenada levando em consideração os seguintes cuidados: antes de se iniciar a higiene, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão; após o término da escovação, todas as superfícies da escova devem ser lavadas, de preferência com água corrente aquecida; deve-se remover o excesso de água da escova; é importante a aplicação em gotas de algum antisséptico bucal, preferencialmente a base de clorexidina á 0,12%, normalmente utilizados para bochechos; colocar o protetor de cabeça na escova que deve ter a sua parte interna também embebida pela solução antisséptica. A escova pode ser guardada dentro do armário fechado do banheiro, evitando encostar uma na outra. Antes da próxima escovação, a escova deve ser novamente lavada e enxaguada em água corrente para remoção dos resíduos.

 

Um estudo publicado no Journal  of Dental Research encontrou forte associação entre a ocorrência de obesidade e a bactéria Selenomonas Noxia, encontrada na boca.

Esse estudo mostrou que essa bactéria é encontrada em um número muito superior ao normal nas pessoas obesas. Isso permitiria identificar um indivíduo obeso simplesmente através da medição da quantidade dessa bactéria na boca.

Apesar da descoberta, ainda não é possível afirmar se é a bactéria que causa a obesidade ou se a obesidade provoca o aumento da bactéria.

Essa bactéria é comumente encontrada em pacientes com periodontite. Através da pesquisa podemos discutir uma correlação entre a obesidade e a doença periodontal. Será que a obesidade aumenta o risco de desenvolver periodontite? Ou será que somente intensificaria uma periodontite?

Vamos aguardar mais pesquisas.